domingo, 6 de outubro de 2013

O que sabemos sobre o ambicioso Final Fantasy XV



Como todos puderam ver na E3 deste ano, Final Fantasy Versus XIII se tornou o décimo quinto da série numerada. Esta revelação bombástica de certa forma já era esperada pelos fãs, com alguns boatos aqui e ali, principalmente na afirmação (que logo foi desmentida; em vão) de que a Roen divulgou que ela não trabalhou para a Square Enix na seleção de roupas para o Versus XIII, e sim no XV.

Por mais que os fãs e proprietários do poderosos Playstation 3 ficaram sem chão com a mudança de plataforma do jogo (eu deles fui eu, já que o motivo de tê-lo era este jogo), ver um novo Final Fantasy sempre como um estreia numa nova geração é sempre bom; que de certa forma nos obriga a comprar uma poderosa, porém cara nova plataforma.

Em uma entrevista à renomada revista japonesa Famitsu (reconhecida como a melhor do mundo), Tetsuya Nomura, o cabeça do projeto revelou que a decisão da troca de consoles foi devido que a nova geração suporta o poderoso DirectX11, decisão tomada pelo chefe de tecnologia do projeto, Yoshihisa Hashimoto, pois a nova geração pode facilmente ser considerada “super computadores disfarçados de videogames”. Com esta afirmação, muitos fãs estão acreditando que o a epopeia do príncipe Noctis também chegará aos PCs. Porém também descarta a possibilidade do jogo chegar ao WiiU, o que faz cair por terra os fãs nintendistas que estavam animados depois de um vídeo (FAKE) em que o trailer exibido em 2011 no evento Square Enix Premiere tinha o logo do WiiU ao final dos créditos.

Para os jogadores “PCistas” a notícia é que não foi confirmado e nem desmentido que o jogo será lançado também para computadores, porém com a perda da exclusividade da Sony, pois FFXV será também lançado para Xbox One, as chances destes fãs terem suas preces atendidas são altas.

A equipe disse que o uso da Luminous (o motor gráfico que todos ficamos babando na Tech Demo Agni’s Philosophy) anteriormente, quando o FFXV era chamado de Versus seria usado apenas para iluminação, mas agora é a Engine em sua suma onipotência. Também foi revelado que esta Engine requer uma máquina “singelamente” poderosa, que se justifica no que vimos no trailer da E3, mas o mais surpreendente é que o próprio Nomura “soltou” que está com vergonha dos gráficos! Então tá, né?


Confesse... você se perguntou quem era mais linda, a Engine ou a protagonista!
Em entrevistas recentes, foi revelado que o sistema em que o XV está sendo criado deixa os dois aparelhos (PS4 e XONE) no chinelo e que o jogo está sendo arquitetado para rodar em qualquer aparelho com suporte a DirectX11, então, mais um motivo para os jogadores de PC ficarem esperançosos.


Uma das maiores polémicas e afirmações errôneas sobre a imprensa especializada foi julgar a mudança de “gênero” deste Final Fantasy foi a tal “morte dos RPGs japoneses”. FF Versus XIII desde o início foi apresentado como um JRPG de ação, mais precisamente a série (criada pelo diretor do XV) Kingdom Hearts, o Cross Over de FF com a Disney. Nomura ressaltou que Final Fantasy XV foi pensado para ter ação extremamente fluída e contínua, nos moldes da história de Sora e seus amigos, e como vimos nos trailers, talvez o abandono da tradicional ATB foi uma decisão sensata a se fazer.

O Trio Parada Dura
Outro ponto importante a citar é a possibilidade deste FF ter o chamado Cross Play, termo criado pela Sony ao mostrar jogos que podem ser jogados ao mesmo tempo, tanto no atual Playstation 3, tanto no sucessor do PSP, o PS Vita, mas isso para Playstation4; já o Xbox One poderá ter este recurso usando Smart Phones ou tablets com o sistema Windows. Na versão PS4, a equipe está buscando um jeito de colocar alguma função no botão “Share” (compartilhar).

Outra das polémicas ao redor do jogo é que Final Fantasy XV poderá ter continuações, como está acontecendo com a trilogia XIII, o que deixou os fãs furiosos e de certa forma decepcionados (um deles é o que vós escreve) com a nova política da gigante japonesa. Segundo Nomura, o clímax da trama será no primeiro capítulo, mas isso não significa que os posteriores não terão seus momentos de glória.

Sobre as questões online, Final Fantasy XV poderá ter multiplayer (provavelmente nos moldes de The Last Story [Wii]).

Sobre as relações dos fãs com este jogo, os produtores pedem desculpas pela demora desonesta (que de longe é o mais “hypado” da história, se equiparando ao também aguardado The Last Guardian, exclusivo da Sony), já que no ano que vem (2014) a produção do jogo chega aos 8 anos. Nas palavras do sr. Nomura: "Peço profundas desculpas por tê-los feito esperar tanto, contudo espero que com o anúncio deste jogo venha a surpreender todas as suas expectativas.”

"Se quiser bater nele, vai ter que bater em mim primeiro!"
O produtor executivo Shinji Hashimoto chegou a pedir aos fãs mais tradicionais da série a fazerem um esforço e que abracem o novo sistema de batalha no novo título, e que está muito confiante do retorno positivo dos fãs sobre este sistema.

O título fez praticamente a mesma coisa que o capitulo dirigido por Motomu Toriyama: dividir a opinião dos fãs; mas ao inverso. Vários fãs deste lado do globo odiaram a história do XIII, mas estão elevando aos céus o clima realista e pesado do XV, já os fãs orientais, que amaram a história da Lightning (japoneses para falar a verdade) ficaram meio decepcionados com uma arquitetura que pra eles é muito familiar. E as reclamações encheram os fóruns nipônicos logo após a divulgação do trailer na E3.

“Mas por que isso?” Você me pergunta; simples. Desde o início, a história de Noctis será rodada numa chamada Tóquio virtual. Há anos a equipe divulgou que os arredores do palácio Lucis será idêntica ao bairro de Shibuya, onde estão os escritórios reais da Square Enix, o que explica a frustação dos “japas”. (Isso é manha! Vai por mim!)


O Primeiro Final Fantasy com temática realista
Sobre a mudança de “nome”, Nomura disse que “Final Fantasy XV será a primeira parte de um épico maior", que provavelmente será uma espécie de revolução na franquia. No caso do nome, segundo a mesma entrevista da Famitsu, o jogo tinha grande possibilidade de manter o nome original, Versus XIII, contudo depois da mudança de nome do Final Fantasy Agito XIII para Type-0 a equipe achou melhor a troca de identidade. Na verdade, o jogo seria renomeado ano passado (2012), mas fora adiado por várias razões, que uma das principais foi o tempo curto desta geração (já que tinha gente esperando um PS4 e Xbox 720 ainda em 2010, lembra?).

Segundo suas próprias palavras, ele disse: "Eu fiz diversas tentativas/erro nesta geração atual de consoles, tal como queria experimentar imensas coisas e conseguir tirar máximo proveito do hardware, mas em vão. Esse foi o início da minha mudança de ideias e migra-lo para os consoles da próxima geração, que foi sugerida pela companhia.

Embora, sem termos tido alguma informação, a decisão de mudar para a Playstation 4 e Xbox One fora feita já há dois anos atrás e nesta altura do campeonato, ainda se esperava que fosse para a geração atual, nomeadamente para a Playstation 3.

Como já todos sabemos, este novo FF traz uma mecânica de jogabilidade completamente diferente das outras.

Tamanho não é documento
Uma dessas “tentativas e/ou erros” do Nomura que pode deixar todo mundo de queixo caído é que ele chegou a pensar em fazer um jogo de ação de Final Fantasy (no estilo do idolatrado Uncharted [sou fanboy desta série]): "Eu brinquei com a ideia de trocar o Noctis por um único personagem jogável e pôr ainda um ponto de vista na primeira pessoa. No entanto isso eliminaria algum tipo de similaridade que teria com a série FF."

Na boa... melhor que não foi, né? Ninguém toparia jogar um Dirge of Cerberus novamente, certo? Kkk

Outro problema que se tornou uma das pedras no sapato do senhor “Ziper-man” foram os valores numéricos em todos os Final Fantasy, ou mudando de nome, os contadores de dano. Nomura já soltou diversas vezes que não estava sabendo o que fazer com eles, até que em 2011 ele mostrou como seria no Trailer da Square Enix Premiere, como você pode ver abaixo.


Outra coisa sobre a batalha é que todos os cinco personagens principais (Noctis, Gladiolos, Ignis, Prompto e Cor) terão uma AI absurda, tomando decisões como se estivesse no seu controle e que você ficará ciente do que eles estão fazendo fora da equipe. Agora vem a notícia ruim: pelo que parece, todos os cinco vão estar sempre juntos, porém os que estarão nas batalhas serão sempre três (como sempre foi depois do FFVII).

Compensando isso, Nomura disse:  "Graças ao hardware da próxima geração pude incluir destruição, teleporte para altas altitudes e alterações do mapa."

Chore de inveja Son Goku!
Pelo que parece, se baseando nos trailers de quando o XV ainda era Versus é que terá Free-Running contra os monstros em tempo real, o que significa o mesmo sistema de encontro visto em Final Fantasy XII e do primeiro XIII, te permitindo fugir quando não está animado em lutar ou em situações críticas. Neste quesito, parece que ele incentivou (ou vice-versa) o sistema de destruir determinadas partes dos inimigos como veremos agora em 2014 em Lightning Returns.

Tetsuya ainda afirmou que o nível do Noctis que foi visto no trailer da E3 está muito alto, prova disso é que ele usa armas enormes e se teleportar livremente. Nós (os jogadores) não poderemos usar estas habilidades logo no início do game. 

"Cacete, Gladio! Dá uma força aqui!"
Irão ter situações chamativas e lutas cinematográficas contra os chefes, tais como a batalha contra o abissal Leviathan como vimos no trailer, que como nas cenas, será criado um redemoinho e as edificações virão abaixo. 

“Não olhe pra baixo, não olhe pra baixo, não olhe pra baixo!”
Como citado nos textos acima, o jogo está sendo criado para ser contínuo e fluido, então pode esperar muita rapidez nos movimentos, flashes e coisas caindo. Nomura disse que quer que as pessoas que estão te vendo jogar fiquem confusas de como você consegue entender o que acontece na tela (no estilo de Zone of The Enders: The 2nd Runner* da Konami ou o próprio Kingdom Hearts).

(*): Não é JRPG, mas é o melhor jogo que já joguei! Recomendadíssimo!!

Mas todo este espetáculo de luzes tem um preço. Nomura também revelou que está tendo grandes problemas com a movimentação do jogo. “É simples deixa-lo realista, mas o equilíbrio disso é a junção com a jogabilidade. Estou constantemente reequilibrando o jogo para ter este equilíbrio entre realismo e do controle ao jogador” ressaltou o diretor. O sistema de câmera de batalha vista no trailer então não é o oficial. O objetivo é criar um efeito chamado “Found Footage”, uma espécie de câmera cinematográfica, onde parece que você está inserido no mundo do jogo, filmando tudo!

No trailer pode ser visto uma cidade envolta em cataratas. Esta cidade foi inspirada na cidade italiana Veneza, já que lá pode ser considerado o berço da morta língua Latim; idioma que está sendo usado de forma massiva na ambientação do jogo. Os próprios nomes dos personagens são palavras em latim, Noctis significa “Noite” e Ignis, por exemplo é “Fogo”, por exemplo.

"It's fuck scary!"

Voltando a falar do pouco mencionado modo Online, Nomura disse que é desperdício criar um jogo para se jogar apenas uma vez, então como disse, teremos um modo Online bem semelhante ao da história de Zael e Dagran.

Não menos importante temos a compositora Yoko Shimomura, responsável pelas belíssimas melodias da série Kingdom Hearts como a principal responsável pelas músicas.

Sobre a história Nomura revelou que a história dele (XV) e do Versus é a mesma; está intacta! O slogan “O mundo do Versus épico” visto no trailer foi destinado para expressar a escala gigante que terá a história do jogo e disse que o game vai ser o “cão chupando manga” de tão difícil de terminar. (Uuuueeeeeeeeeeeeeeba!)

Vamos ao enredo:
                Existiam diversos cristais dos quais eram extraídos diversos recursos. Cada um em uma nação. Porém cada país os usaram de forma errônea, fazendo uso apenas para militarismo e aquisição de poder bélico. De posse do último cristal, o reino de Lucis tratou de firmar vários acordos para a paz, beneficiando todas as nações, principalmente com o reino de Nifheim.
Depois do tratado firmado, Lucis está finalmente em paz e então vieram as celebrações, porém prematuras. Sob o pretexto de amizade, Niflheim dissipa o anti-armamento Runewall (responsável por várias Airships) e começa uma invasão em larga escala ao reino, com objetivo de roubar o cristal dos Lucis e único no mundo. A paz que o príncipe Noctis tanto se orgulhava é consumida pelas chamas de sua pátria caída em desgraça. Após isso, ele, ao lado de três amigos e um mentor criam uma discreta resistência e seguem ao encalço do cristal que lhes fora roubado. 

Personagens 
Noctis Lucis Caelum
Dublador: Tatsuhisa Suzuki
                Príncipe e herdeiro do trono do reino Lucis. Noctis possui uma habilidade que o faz enxergar a luz (alma) dos mortos sendo guiadas para o além e as pessoas com tal dom são chamadas de L’Cies (até agora). Ele possui, de certa forma, vergonha desta habilidade e tenta não entrar em detalhes com ninguém. Ele não se adapta às regalias impostas pelo seu status e age de forma rebelde, como um renegado. Noctis possui uma personalidade tímida e prefere ser chamado de “Noct” pelos amigos próximos.


Gladiolus Amicitia
Dublador: Kenta Miyake
                “Gladio”, como prefere ser chamado assim é um dos nobres da Casa Amicitia, que jurou proteção à coroa. Pelo que deu a entender ele deve ser o alvo das brincadeiras de Prompto. Ele estudou ao lado de Noctis nos tempos de colegiado e sua lealdade a ele não se baseia no juramento da família, e sim pela amizade.

Ignis Stupeo Scientia
Dublador: Mamoru Miyano
                Mesmo sendo jovem, é a voz da razão no grupo. Ignis teve uma clássica educação rígida, necessária para ser o conselheiro do futuro rei. Sua confiança no grupo deve pelo seu raciocínio lógico, que sempre são as rédeas no temperamento rebelde de Noctis.

Prompto Argentum
Dublador: Tetsuya Kakihara
                Amigo de Noctis desde os dias de colégio. Possui um temperamento extrovertido e é “cara endiabrado” do grupo, sempre azucrinando o pobre Gladiolus. Em seu ombro está estampado um emblema estrangeiro ao círculo real, mas possui uma vontade enorme de fazer algo em prol da nação Lucis.

Cor Leonis
Dublador: Hiroki Touchi
                É o lendário comandante chefe do ministério de ciências do reino.  Cor possui 42 anos, nesta idade, como na superstição japonesa, é dito que traz grande azar aos homens, chamada de Yakudoshii. Sua devoção ao rei Regis é absoluta, e após a queda de sua pátria, passa a cuidar de Noctis, além da honra, pelo fato de trata-lo como um filho.


Pronto: "Deixa que eu toco sozinho!"
Nomura respondeu aos fãs que não terão apenas mais força masculina no jogo, as personagens Stella, a jovem mulher de cabelos pretos e a com elmo de dragão mostrada no trailer de 2011 terão mais detalhes revelados em breve.

Ô lá em casa...
Uma curiosidade é que o motorista de Noctis visto no trailer anterior foi dublado por Hiroki Touchi, que agora dubla Cor Leonis, pelo que tudo ndica este motorista terá um novo dublador. Ele a dubladora da Stella serão revelados daqui há alguns meses.
  
O homem ruivo que ostentar um guarda-chuva está sendo dublado por Keiji Fijuwara, o dublador do Reno de FFVII: Advent Children e o Axel da série Kingdom Hearts. (o cara deve ser ruivo também, só pode kk)

Terminando, tentei fazer um resumo de tudo que foi divulgado até agora e o que nos resta é esperar o nosso novo ano, 2014, já que foi pregado em Paris um cartaz em que o jogo está sendo programado para ser lançado neste mesmo ano. Veja abaixo:

Ate que enfim uma data!
Como pode ver, está escrachado no pôster a palavra “Hiver”. Hiver seria o inverno na França, que começa em dezembro e segue até março, como também está escrito, será entre dezembro de 2014 à março de 2015.

Particularmente, FFXV está sendo o jogo que mais aguardei para jogar, como muitos de nós também, e tenho a impressão de que este FF será “O Final Fantasy”. Fique ligado no JRPG Spot para mais notícias deste título estrondoso!


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