Divertido,
inovador, original e cativante. Estas são várias qualidades do TWEWY (sigla
para o jogo), um dos J-RPGs mais aclamados do bom e velho Nintendo DS. Esta
aventura é obrigatória para todo dono do portátil de tuas telas da Big N (ou
para IOs), o que mesmo sendo um jogo único, pode torcer o nariz de muita gente.
A história é
centrada em Sakuraba Neku, um garoto único no gênero: mal-humorado, ranzinza,
introvertido, totalmente “away”, sem interesse e motivação alguma para salvar
nem a madre Tereza de Calcutá. Logo nos primeiros segundos temos a frase “não
gosto de gente! Nunca gostei; nem vou gostar!”. Mas “cacete de agulha”! “Que
merda de personagem principal é este?!”, você possivelmente deve estranhar a
atitude da Square, mas no decorrer do jogo vai bater palmas pela atitude do
roteiro.
Após esta
introdução, nada amigável de Neku, o vemos caído numa das avenidas mais
movimentadas do mundo, no meio praticamente da grandiosa capital japonesa e ao
se levantar, percebe que existe um Botton com uma imagem de uma caveira na mão.
Ao tacá-lo para cima e pega-lo percebe que pode ler mentes. Lógico que ele fica
sem reação, mas percebe que recebeu uma mensagem no celular dizendo: “Chegue a 104. Você
tem 60 minutos. Falhe e seja apagado. – Os Ceifeiros” e logo a
rotula como os malditos Spams. Dois segundo depois, a mensagem volta para o
celular, o que causa mais raiva no garoto. Além de um contador na mão com os tais
sessenta minutos, até que sapos começam a atacar apenas Neku, ignorando
totalmente toda a multidão a sua volta.
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"Calem a boca!" |
Após algumas
cenas, somos apresentados a “gatinha” Shiki, que explica o porquê do ataque dos
sapos à Neku e até dela também e clama para fazer um pacto. O negócio é que sem
querer, Neku entrou no Reaper’s Game, um perigoso jogo onde o jogador precisa
realizar missões, caso contrário, irá receber um Game Over no mínimo perigoso;
em outras palavras, o jogador morre!
TWEWY foi
arquitetado e desenhado por ninguém mais, ninguém menos que Tetsuya Nomura, o
gênio por de trás da série Kingdom Hearts, então não tem como não fazer alguma
ligação com Sora e Neku, que já estiveram no mesmo game em KH: Dream Drop
Distance, exclusivo para Nintendo 3DS. Cada detalhe do game beira a perfeição, principalmente
nos três principais aspectos: sistema de batalha, áudio e história.
O sistema de
batalha é um dos melhores já criados e sem sombra de dúvidas, até o atual
momento o mais original e revolucionário. Você controla não apenas Neku, mas também
outros quatro personagens durante a história. E ao mesmo tempo! Nas batalhas,
você controla o garoto ranzinza na tela de baixo, a touch screen e usa a Stylus
para lutar. Existe uma infinidade de comandos diferentes, em praticamente todas
as direções, e caso tenha algum medo da não resposta deles, pode ficar
tranquilo, pois é vez ou outra que não conectam, mas prestando atenção você
provavelmente irá perceber que o erro foi realmente seu.
Na tela de
cima, você poderá controlar Shiki, Beat ou Joshua, ao mesmo tempo em que
controla Neku. “Mas espera! Não tenho
quatro braços!” Sim eu sei, mas todos os botões, tanto direcionais ou os de
ação do DS podem ser usados para lutar. Por exemplo: apertando para Cima ou apertando X, você poderá realizar as mesmas funções, algo que foi pensado
para muitos canhotos aí de plantão. E isso pode ser usado mesmo fora de
batalhas, já que todos os botões do lado direito do DS são os mesmo dos
direcionais, novamente explicando, apertar B,
por exemplo, significa o mesmo que apertar para baixo.
Lendo sua
mente de novo: “também não tenho quatro
olhos (sem zuera para quem usa óculos)!” Por mais difícil que possa ser controlar
Neku e outro personagem ao mesmo tempo é bem difícil, ainda mais caso queira
fazer algum especial, mas você não precisa se preocupar de não prestar atenção
no personagem da tela superior, já que são controlados pela IA, até por que é
no Neku que você deve ter cuidado. Em experiência própria, vez ou outra
controlei o personagem da tela de cima, especificadamente na tentativa de
alguns especiais e digo: “é difícil!”.
Por mais que
as pessoas subestimem o potencial do DS, é em jogos assim que ele cala a boca
de muita gente. Os embates são absurdamente rápidos (já que foi produzido pelo
cara rei do Hack ‘n Slash dos RPGs) e cheios de flashs e magias. Lógico que
isso causa algumas quedas de Frame Rate, mas que de certa forma você irá até
agradecer.
Assim como
em todo RPG (ocidental e oriental), derrotando inimigos em TWEWY, você recebe
como Drop, mas aqui são Bottons, ou como de novos ataques ou como de dinheiro,
que neste último te aviso que para conseguir dinheiro você tem que vendê-los,
óbvio! Mas que eu custei a entender isso (sim, sou meio “pangão”). Existem
dezenas de Bottons, alguns deles com nomes dos Summons da série Final Fantasy e
cada um único.
O que mais
chama atenção neste game são suas músicas, compostas de Hip Hop e Pop japonês
que insistem em ficar tocando na sua cabeça o tempo todo, mas que você irá
agradecer os céus por isso. Com várias músicas cantadas, TWEWY é um dos jogos
que possuem a melhor trilha sonora dos J-RPGs, se equiparando (ou superando em
outros momentos) a da série Persona. Neste ponto não tem como falar e sim
escutar!
Agora o
melhor ponto do game é sem sombra de dúvidas a história. Se está querendo
Spoiler, procure em outro lugar, até porque sei que tem gente que os odeia, mas
o que posso dizer é que TWEWY possui a história que mais me impressionou: não
possui um personagem convencional, todo o elenco do jogo é carismático e possui
as reviravoltas que “reviram” totalmente seu cérebro e “poha”!! São excelentes!
Os momentos finais do jogo é reviravolta em cima de reviravolta que vai virando
aqui, daí vira-vira pra cima e depois vira pra baixo depois vira-vira dali e
depois se vira... Entendeu? Jogue o game e vai entender.
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Sho
Minamimoto, um dos que mais azucrinam a vida de Neku |
Outro ponto
legal que não citei é que, após a derrota do último chefe (que pelo amor de
Deus é o mais difícil que já vi!) você pode jogar todos os “dias” do jogo, na
ordem que preferir, além de um dia para poder destravar o real final do jogo.
Um dos desafios mais legais do game é a luta contra porcos, descritos por uma
runa tribal verde, que te permite lutar contra inimigos mais absurdos dos já
absurdos do modo normal.
A
recomendação é a seguinte: TWEWY é um jogo único, que infelizmente não possui a
fama que merecia, mas quem jogou diz com toda a certeza que foi um dos melhores
jogos que jogou, que no meu caso é o melhor que joguei. Muitos podem não ter
gostado do jogo pela sua complexidade e dificuldade, mas sejamos francos:
muitos deles não conseguiram foi é jogá-lo! TWEWY é um J-RPG para poucos, e
esta recomendação foi feita para você entrar nestes poucos. Este jogo foi o
melhor J-RPG que joguei!
The
World Ends With With You foi lançado para Nintendo DS e IOs.
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Que
isso, Neku?! Não precisa chorar porque o povo não jogou seu game |